Asma
Descrição geral:
Asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns e suas principais características são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas. Vários fatores podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira, ácaros e fungo e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus). Destaca-se ainda o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios, como a asma. O diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido após consulta e avaliação pelo médico, mas também é confirmado pelo exame físico e pelos exames de função pulmonar (espirometria).
Sinais e sintomas:
Os principais sintomas da asma são:- Tosse seca;- Chiado no peito;- Dificuldades para respirar;- Respiração rápida e curta e- Desconforto torácico.
Orientações e cuidados:
O objetivo do tratamento da asma é melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. O tratamento medicamentoso para alívio dos sintomas é realizado junto com medidas educativas e de controle dos fatores que podem provocar a crise asmática. A definição do tratamento mais adequado é feita a partir dos sintomas, do histórico clínico e da avaliação funcional conforme cada caso. A base do tratamento da asma persistente é o uso continuado de medicamentos com ação antiinflamatória. Também preciso reduzir a exposição aos fatores desencadeantes/agravantes da asma. É possível controlar as crises de asma e até prevenir que elas aconteçam com algumas medidas simples como: - Manter o ambiente limpo;- Evitar acúmulo de sujeira ou poeira;- Tomar a vacina da gripe;- Não fumar;- Praticar atividades físicas regularmente;- Manter uma alimentação saudável e beber bastante líquido;- Manter o peso ideal.
Relação com a COVID-19:
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e a Sociedade Espanhola de Alergia e Imunologia Clínica (SEIAC) afirmam que “Os doentes alérgicos não apresentam um risco aumentado de contrair a infeção por SARS-CoV-2, mas a população asmática deve tomar precauções adicionais. Até o momento, as pesquisas existentes sobre a doença não indicam que ser alérgico implique um maior risco de contrair a infeção por SARS-CoV-2. A resposta imune tem um papel fundamental na defesa contra agentes infeciosos. O sistema imunológico de uma pessoa alérgica funciona de igual forma ao de uma pessoa não alérgica no que diz respeito à sua função de defesa contra microrganismos. No entanto, deve ter-se em conta que os doentes asmáticos devem ter cuidados adicionais já que as infeções respiratórias são uma das causas mais frequentes de agudização de asma. Recomendações improtantes involvem evitar viagens prolongadas e qualquer tipo de aglomerações (shopping, bares, restaurantes, academias, clubes, igrejas etc); - Sempre que possível, manter-se em casa e fazer atividades de trabalho à distância; - Evitar passar por consulta médica presencial, já que receitas médicas de uso contínuo agora valem por até 12 meses; - Reforçar à população aplicável o uso adequado dos EPI e evitar exposição à pessoas com sintomas respiratórios.
Referências:
SPAIC - GUIA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DOENÇAS ALÉRGICAS E COVID-19 – (https://www.spaic.pt/noticias/covid19 )Comissão de Asma/Sociedade Brasileira de Pneumologia. POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA SOBRE O MANUSEIO DA ASMA EM VIGÊNCIA DA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS.